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domingo, 15 de janeiro de 2012

Gerações apresentam diferentes perspectivas e metas profissionais

Por: Fábio Turci São Paulo, SP

Durante muitas décadas, definiu-se geração como sendo aquela que sucedeu a seus pais. Portanto, se calculava como sendo uma geração o tempo de 25 anos”, diz o educador Mário Sérgio Cortella.
“A questão é que, nos últimos 50 anos, nós tivemos uma aceleração do tempo, do modo de fazer as coisas, do jeito de produzir. A tecnologia é decisiva para criar marcas de tempo”, completa Cortella.
O intervalo entre uma geração e outra ficou mais curto. Hoje, já se pode falar em uma nova geração a cada dez anos. Isso significa que mais pessoas diferentes estão convivendo em casa, na escola, no mercado de trabalho.
Para conhecer as gerações que, hoje, são colegas de trabalho, nós agora vamos voltar na linha do tempo. Nos acontecimentos de cada época, está a chave pra entender a cabeça de cada geração.

Baby Boomers

Chegamos à metade dos anos 40. Terminou a Segunda Guerra Mundial, e nasceu uma geração. Nos Estados Unidos, com a volta dos soldados para casa, muitas mulheres engravidaram. Houve um "boom" de bebês. Por isso, a geração que aí começou é chamada de "baby boomers". “Uma geração que disse ‘eu não quero mais a guerra, eu quero a paz, eu quero o amor’”, afirma Eline Kullock, presidente do Grupo Foco.
No Brasil, o termo também é usado para quem nasceu naquela época. Os "baby boomers" eram jovens quando começou a ditadura. Essa é a geração que lutou contra os militares, a geração da Jovem Guarda, da Bossa Nova, do Tropicalismo, do rock ´n´ roll e dos festivais aqui e lá fora.
“A ideia da geração ‘baby boomer’ foi construir uma carreira que fosse sólida, na qual a gente tivesse uma fidelização ao trabalho. Uma carreira que nos realizasse, e não necessariamente nos oferecesse apenas um aporte material”, afirma Cortella.
“Eu sou um clássico ‘baby boomer’, com 64 anos. A geração minha era preocupada com o dever, a segurança, em permanecer muito tempo numa empresa”, diz Milton Pereira, diretor de desenvolvimento humano da Serasa Experian. “Essas pessoas são provavelmente as que estão em posições de presidência, de chefia, de diretoria. Os seus pais os ensinaram a chamar de senhor e senhora, ou a pedir a bênção, a ter com os mais velhos uma figura de autoridade”, afirma Eline.

Geração X

Regime militar no Brasil. Segunda metade dos anos 60. Década de 70. O Brasil vivia censurado pela Ditadura, mas um pouco depois, na década de 80, eram jovens e assistiam às Diretas Já. É a geração X.
Quem é da geração X conheceu a Aids e ficou com medo dela, que levou Cazuza. Pintou a cara para derrubar o presidente. Viu a tecnologia entrar de vez em casa. Pagou com cruzeiro, cruzado, cruzado novo.
“Teve um componente de ‘deixa eu trabalhar mais, para ganhar mais dinheiro’. Ele é apegado a títulos, apegado a cargos, gosta de deixar claro a posição em que está, porque, para ele, é mérito de muito esforço que ele teve”, diz Renato Trindade, presidente da Bridge Research.
“Aqui na empresa mesmo, eu sou da geração X. É uma geração que tem um pouco mais de resistência à tecnologia, não tem esse afã, por exemplo, de buscar inovação e estar sempre conectada à inovação, e tem algumas resistências até na própria forma de trabalhar”, explica Alessandro Lima, CEO da E.Life.

Geração Y

A geração seguinte cresceu num país que já era uma democracia e uma economia aberta. Nos anos 90, o Brasil foi melhorando e sendo respeitado depois do plano Real, e a internet abriu as portas do mundo para a geração Y.
“Esse é um profissional mais voltado para ele, para o prazer. Ele não quer um trabalho sisudo, um trabalho fechado. Ele não quer um chefe que diga para ele somente o que ele deve fazer, ele quer participar”, diz Eline.
Se as diferenças são tão evidentes dentro de casa, imagine então nas empresas, onde estão em jogo carreiras, estratégias, dinheiro. “Quando as três se encontram no mercado de trabalho, dá um nó danado, porque um não sabe que o outro tem um modelo mental diferente, tem uma cabeça diferente, porque teve uma história e uma educação diferente”, explica Eline.

Geração Z

A rápida evolução da tecnologia tem dado abertura ao surgimento de uma nova geração de pessoas, seres humanos com capacidades acima do comum, se é que entendemos alguma coisa do que é comum hoje em dia.
Observam-se os jovens, crianças e adolescentes dos dias atuais, que nasceram e estão crescendo cercados de tecnologia, com iPdos, MSN, Orkut, Facebook, Google, Youtube, etc. Uma geração mais informada, mais consciente, mais detalhista e mais competitiva.
As crianças e jovens dos dias atuais vão transformar o modo de se tomar decisões em breve, vão influenciar a maneira como se administra uma organização, a forma de se fazer política, de como se aprender.

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